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Diretoria de Meio Ambiente participa de criação de inventário sobre emissões de gases de efeito estufa

Diretoria de Meio Ambiente participa de criação de inventário sobre emissões de gases de efeito estufa

Na quarta-feira, dia 26 de setembro, os funcionários da Diretoria de Meio Ambiente participaram da 4ª e última Sessão de Capacitação do processo de elaboração do inventário de emissões de gases de efeito estufa e poluentes atmosféricos da RMC. O encontro aconteceu em Campinas.

Na sessão, apresentou-se aos técnicos integrantes da Região Metropolitana de Campinas (RMC) o inventário completo sobre a quantidade de Gases de Efeito Estufa (GEE) lançado na atmosfera pela RMC. Com o levantamento também foi possível discriminar a relação emissão x quantidade por município.

Este estudo possibilitou a identificação das fontes geradoras de GEE e a quantidade gerada por cada uma delas. Através desta ação, os prefeitos da RMC se comprometeram a assinar um pacto com o objetivo de reduzir a quantidade de GEE lançado.

COMO FUNCIONA O INVENTÁRIO

O trabalho de realização do inventário de GEE contou com capacitações e reuniões presenciais dos técnicos dos municípios integrantes da RMC, assessoradas pela empresa WayCarbon, responsável pela realização do inventário.

Para tal, utilizou-se a metodologia GPC, criada pelo ICLEI, que tem por objetivo ser uma metodologia robusta e clara, que permita maior agregação e confiabilidade de dados e comparações mais confiáveis entre diferentes inventários, pré-estabelecendo requisitos e provendo orientações para os cálculos e reportes de resultados dos inventários.

A partir da disseminação da metodologia por cidades todo o mundo, visa-se uma maior consistência nas medições de emissões nacionais e na posterior contabilização das emissões em escala Global, o que ressalta a importância de se tomar decisões em escala local para que as mudanças climáticas sejam combatidas com eficiência.

Os Gases de Efeito Estufa abordados pela Metodologia GPC são:

✓ Dióxido de Carbono (CO2)

✓ Metano (CH4)

✓ Óxido Nitroso (N2O)

✓ Hidrofluorcarbonetos (HFCs)

✓ Perfluorcarbonetos (PFCs)

✓ Hexafluoreto de Enxofre (SF6)

✓ Trifluoreto de Nitrogênio (NF3)

No caso do Dióxido de Carbono, devem ser identificadas as emissões de fontes biogênicas, que são contabilizadas reportadas, mas não inclusas nas emissões dentro dos escopos. As emissões dos gases são convertidas para se chegar a um total de emissões de Dióxido de Carbono Equivalente (CO2e) a partir dos valores de Global Warming Potential (GWP) específico de cada gás. Os GWPs mostram qual o potencial de aquecimento global de cada gás medido em valores estabelecidos a partir de estudos do IPCC, e são essenciais para estabelecer comparações entre os gases em relação ao Dióxido de Carbono. A partir dos valores de GWP, pode-se obter a equivalência do volume de um gás emitido em relação ao CO2. Para isso, basta multiplicar o volume de cada gás emitido pelo valor do respectivo GWP, convertendo, dessa forma, todos os gases em CO2 equivalente (CO2e).

PORQUE ESTE ESTUDO É IMPORTANTE

A mudança climática é um dos desafios mais complexos do século XXI. Uma das principais preocupações em relação as projeções do clima no futuro remetem-se à intensificação e aumento da frequência dos eventos climáticos extremos, tais como tempestades, ondas de calor e secas, sendo as cidades altamente vulneráveis a essas ameaças.

No Brasil, aproximadamente 85% da população vive em áreas urbanas e estima-se que, em 2020, 90% dos brasileiros estarão vivendo nas cidades. Essa dinâmica contribui para a segregação espacial, desigualdades sociais e degradação ambiental. No enfoque das mudanças climáticas, o aumento da urbanização é, por si só, um fator agravante para o aumento das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) devido, principalmente à sua relação com os padrões modernos de vida. Portanto, as cidades são elementos fundamentais para o sucesso das políticas de mitigação de emissão.

Em geral, a maioria das cidades brasileiras apresentam um atraso na implementação de infraestrutura adequada para suportar a aceleração do crescimento urbano e os efeitos das mudanças no clima