Saúde

Prefeitura realiza mais de 150 exames de Papanicolau durante campanha

O Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e, deste modo, ter o diagnóstico do câncer de colo do útero em tempo oportuno, antes que a mulher tenha sintomas.

Prefeitura realiza mais de 150 exames de Papanicolau durante campanha

Entre os dias 16 e 20 de outubro, a Prefeitura Municipal, por meio da Secretária da Saúde, realizou uma ação especial voltada a saúde das mulheres, com os seis Postos de Saúde da Família (PSFs) funcionando em horário estendido, até às 20h, para realizar exames de Papanicolau, com intuito de prevenir contra o câncer do colo de útero. Durante a iniciativa, foram realizados 159 exames de Papanicolau, além de vacinação contra o novo coronavírus/Covid-19 e a influenza, o vírus da gripe.

O Papanicolau é a principal estratégia para detectar lesões precocemente e, deste modo, ter o diagnóstico do câncer de colo do útero em tempo oportuno, antes que a mulher tenha sintomas. A realização periódica do exame permite que o tratamento comece na fase inicial, aumentando as chances de cura e reduzindo a mortalidade pela doença.

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) indicam que esta é a quarta causa de morte por câncer entre as mulheres no Brasil. Ainda segundo o relatório anual de 2022 da entidade, para o ano de 2023 a estimativa é de 17.010 novos casos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres.

A doença está diretamente ligada à infecção pelo HPV, especialmente os subtipos HPV-16 e HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais. Mas apesar de ter grande influência, a infecção por HPV costuma estar associada a outros fatores para o desenvolvimento do câncer do colo do útero, como fatores comportamentais, baixa imunidade e fatores genéticos.

Segundo dados do World Cancer Report e do próprio INCA, o risco de desenvolvimento do câncer do colo do útero é de cerca de 30% se as lesões não forem avaliadas e tratadas. As alterações celulares tendem a evoluir de forma lenta, podendo levar de 10 a 20 anos para o surgimento do câncer.

Exame citopatológico 

O exame é recomendado para mulheres de 25 a 64 anos que já iniciaram atividade sexual. Inicialmente, deve ser realizado uma vez por ano e, após dois exames normais consecutivos, passa a ser feito a cada 3 anos.

Para mulheres com mais de 64 anos que nunca se submeteram ao exame, recomenda-se realizar duas vezes, com intervalo de um a três anos. No caso de resultado negativo, elas não precisam fazer novos exames, visto que não há evidências de efetividade do rastreamento após os 65 anos.

Para garantir um resultado correto, a mulher não deve ter relações sexuais nos dois dias anteriores ao exame e deve evitar também o uso de duchas, medicamentos e/ou métodos contraceptivos que precisam ser introduzidos na vagina. É importante também que o exame seja realizado após 5 dias do término da menstruação, pois a presença de sangue pode afetar a qualidade da amostra coletada e influenciar no resultado.