Saúde promove testagem rápida para diagnóstico de HIV, Sífilis e Hepatites Virais
A ação contou com uma equipe completa de profissionais qualificados e capacitados para a realização da testagem.
Em decorrência da campanha Novembro Azul, voltada para a prevenção e conscientização do câncer de próstata, a Secretaria Municipal da Saúde promoveu na manhã do último sábado, dia 20, no Ambulatório de Especialidades Médicas, ação voltada para testagem rápida de HIV, Sífilis e Hepatites Virais, além da campanha de imunização contra Covid-19.
Com uma equipe completa de profissionais com qualificação e capacitação para esse tipo de procedimento, 46 testes rápidos foram realizados.
HIV
HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.
Como ocorre a transmissão:
· Sexo vaginal sem camisinha;
· Sexo anal sem camisinha;
· Sexo oral sem camisinha;
· Uso de seringa por mais de uma pessoa;
· Transfusão de sangue contaminado;
· Da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação;
· Instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
Condutas que não transmitem a Aids:
É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que a pessoa infectada com HIV ou que já tenha manifestado a AIDS não transmitem a doença das seguintes formas:
· Sexo, desde que se use corretamente a camisinha.
· Masturbação a dois.
· Beijo no rosto ou na boca.
· Suor e lágrima.
· Picada de inseto.
· Aperto de mão ou abraço.
· Sabonete/toalha/lençóis.
· Talheres/copos.
· Assento de ônibus.
· Piscina.
· Banheiro.
· Doação de sangue.
· Pelo ar.
Sífilis
A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Pode apresentar várias manifestações clínicas e diferentes estágios (sífilis primária, secundária, latente e terciária).
Nos estágios primário e secundário da infecção, a possibilidade de transmissão é maior. A sífilis pode ser transmitida por relação sexual sem camisinha com uma pessoa infectada ou para a criança durante a gestação ou parto.
A infecção por sífilis pode colocar em risco não apenas a saúde do adulto, como também pode ser transmitida para o bebê durante a gestação. O acompanhamento das gestantes e parcerias sexuais durante o pré-natal previne a sífilis congênita e é fundamental.
Hepatites Virais
As hepatites virais são doenças infecciosas sistêmicas que afetam o fígado. Cinco diferentes vírus são reconhecidos como agentes etiológicos da hepatite viral humana: o vírus da hepatite A (HAV), o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV), o vírus da hepatite D ou Delta (HDV) e o vírus da hepatite E (HEV). Com exceção do HBV, que possui genoma DNA, todos os demais são vírus RNA.
Embora apresentando diferenças quanto ao tipo de genoma viral, estrutura molecular e classificação taxonômica, estes cinco agentes etiológicos têm o fígado como alvo primário e causam um processo necroinflamatório característico: a “hepatite”. Náusea, vômitos, mal-estar, dor-de-cabeça, e perda do apetite são os sintomas mais freqüentes na fase inicial da doença. Colúria (urina escura) e acolia (fezes esbranquiçadas) antecedem a fase ictérica (pele e olhos amarelados) que, em geral, coincide com alteração das provas de função hepática.
As hepatites A e E são transmitidas pela via orofecal e causam infecções agudas benignas, que evoluem para a cura sem necessidade de tratamento específico. As hepatites B, C e D podem evoluir para a hepatite crônica, que tem como principais complicações a cirrose e o carcinoma hepatocelular.
Matéria e Foto: Anderson Oliveira
MTB: 0092086/SP